sábado, 24 de julho de 2010

Memória Fraca

Gostaria de poder inventar
e ainda te dizer coisas bonitas.
Mas, apenas vejo que sou um guri
que em menos de minutos o pensamento se limita.

Procuro inspiração no ar, na terra,
no fogo, na água e até na paixão que hoje me ferve.
Abro meu caderno rabiscado, pego a caneta
e a mesma funciona, porém não escreve.

E agora que estou te vendo,
começo a me inspirar e sinto um calor tremendo;
Lembro-me, imediatamente, de mim lá em casa, querendo escrever o poema.

Firme e concentrado. Fiquei neste dilema.
Não lembrei que o único problema, era que eu tinha esquecido
meu coração contigo, quandos fomos ontem ao cinema.

Passeio Noturno

Levemente,
vejo penas flutuando.
E em uma viagem só,
admiro cores e animais cantando.

Descrevo, em forma de desenho,
tudo que estou enxergando.
Esqueço-me que não sei desenhar
e acabo como as penas, flutuando.

Feijão com Arroz

Exilei-me em lugares pacíficos
procurando agitação.
Fugi de locais agitados
tentando achar a paz e a redenção.

Eloquentemente,
tranquei-me em um quarto.
Meus dedos inquietos diziam coisas
que terrivelmente explicavam os fatos.

Ah! Se eu estivesse agitado
e fugisse pela paz;
Talvez minhas palavras não se tornariam atos.

E quando eu for obrigado a me esconder
para simplesmente poder escrever;
Não sumiria, apenas rimaria cão com gato.